quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PADRINHO BEN JOR E CORUJAS DA BANDA "BLAKE RIMBAUT" NA MADRUGADA DO LEBLON!


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    Postado por: Karina Adlin

 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Grandes solilóquios do Teatro II


Lúcio Aneu Sêneca nasceu em Córdova, atual Espanha, no ano 4 a.C. Sua vida estendeu-se ao longo dos principados de Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. Anos após ter sido exilado por Cláudio, envolveu-se com opositores ao regime e, condenado por Nero, suicidou-se, em Roma, no dia 19 de abril de 65 d.C. O escasso teatro romano o tem como um dos grandes trágicos. Fedra enfoca o mito de uma filha de Minos e Pasífae, casada com Teseu, herói da Ática que venceu Minotauro e libertou Atenas do tributo anual devido a Creta. Teseu é dado como desaparecido e, Fedra, se apaixona por Hipólito, seu enteado. O rapaz, que havia dedicado sua vida e jurado castidade à Diana, recusa as propostas da madrasta. Ela, furiosa, acusa-o de tê-la violado. Teseu, de volta à cidade, pede a Posêidon que mate o filho quando ele, após uma queda com sua biga, é pisoteado pelo cavalos. Este é o solilóquio onde Fedra se mata ao ver o corpo de Hipólito completamente despedaçado.

FEDRA
(FEDRA DE Sêneca)
De mim, de mim te apodera, cruel senhor do profundo
pélago, e contra mim lança os monstros do mar cerúleo,
o que quer que a longínqua Tétis no imo seio traga,
o que quer que, abraçado pelas vagas errantes,
o Oceano recubra com as suas mais remotas ondas.
Ó Teseu, severo sempre, ó tu que nunca volta aos teus
sem receio: filho e pai com a morte expiaram os teus
retornos; a tua casa pervertes, sempre nocivo
às esposas, por amor ou por ódio.
Hipólito, teu rosto é esse que vejo, e causei isso?
Que cruel Sínis ou que Procrustes te espedaçou os
membros, ou que criatura de Creta, enchendo os claustros
de Dédalo com fortes mugidos, Touro biforme, feroz,
de fronte cornígera, te dilacerou?
Ai de mim, para onde fugiu a tua beleza e os teus olhos,
nossas estrelas? Tu jazes sem vida?
Aproxima-te um instante e ouve as minhas palavras:
nada de torpe falamos: com esta mão pagarei a ti
as minhas dívidas e cravarei neste peito nefando a espada,
despojarei Fedra igualmente da vida e do crime, e pelas
ondas e pelos lagos do Tártaro, pelo Estige e pelos rios
de fogo, insana, seguir-te-ei.
Aplaquemos os manes: da minha cabeça toma os despojos
e aceita a madeixa que corto da fronte mutilada.
Não se puderam unir os corações, mas decerto podem
unir-se os destinos. Se és casta, morre pelo marido;
se incestuosa, pelo amor. Buscarei o leito do cônjuge,
manchado por tamanho crime? Faltava-te este sacrilégio,
para que, como se pura, fruísses do tálamo reclamado.
Ó morte, único alívio do amor malévolo,
ó morte, máxima honra do pudor ferido, recorremos a ti.
Abre o teu seio sereno.
Ouve, Atenas, e tu, um pai pior do que a funesta madrasta:
falsas coisas relatei e, mentindo, forjei o sacrilégio que eu mesma,
demente, concebera no coração insano. Puniste em vão, pai,
e o jovem casto, por uma acusação incestuosa, jaz, puro,
inocente: recebe de volta os teus costumes.
Meu peito ímpio se abre à lâmina justa, e o meu sangue
cumpre o sacrifício do homem virtuoso.
O que devas fazer, pai, tendo um filho arrebatado, aprende-o
com a madrasta: sepulta-te nas plagas do Aqueronte.

Pedro Lago.

domingo, 12 de setembro de 2010

Grandes Solilóquios do Teatro

Antígona é a peça final da Trilogia Tebana e foi representada pela primeira vez em 441 a.C, em Atenas. Após a morte de Édipo em Colono (retratada em Édipo em Colono, segunda peça da trilogia), Antígona, filha de Édipo, retorna com Ismene, sua irmã, a Tebas, onde seus irmãos, Etéocles e Polinices disputavam a sucessão do pai no trono da cidade. Após um breve acordo, Etéocles não cede o lugar para Polinices que, revoltado, segue para Argos, cidade rival de Tebas. Após uma batalha entre os irmãos, ambos caem mortos. Creonte assume o poder e proíbe o sepultamento de Polinices. Antígona, revoltada, desrespeita a ordem de Creonte e concede o sepultamento alegando que seus direitos eram mais válidos. A maior parte da peça trata dessa medida. Este é o discurso de Antígona antes de ser levada pelos guardas de Creonte como punição de seus atos.
ANTÍGONA
(Antígona de Sófocles)

Túmulo, alcova nupcial, prisão eterna,
cova profunda para a qual estou seguindo,
em direção aos meus que a morte muitas vezes
já acolheu entre os finados! Eu, a última
e sem comparação a mais desventurada,
vou para lá, antes de haver chegado ao termo
de minha vida! Mas uma esperança eu tenho:
meu pai há de gostar de ver-me, e tu também
gostarás muito, minha mãe, e gostarás
também, irmão querido, pois quando morreste
lavei-te e te vesti com minhas próprias mãos
e sobre tua sepultura eu espargi
as santas libações. E agora, Polinices,
somente por querer cuidar de teu cadáver
dão-me esta recompensa! Mas na opinião
da gente de bom senso todo o meu cuidado
foi justo. Sim! Se houvera sido mãe de filhos,
ou se o esposo morto apodrecesse exposto,
jamais enfrentaria eu tamanhas penas
tendo de opor-me a todos os concidadãos!
Que leis me fazem pronunciar estas palavras?
Fosse eu casada e meu esposo falecesse,
bem poderia encontrar outro, e de outro esposo
teria um filho se antes eu perdesse algum;
mas, morta minha mãe, morto meu pai, jamais
outro irmão meu viria ao mundo. Obedeci
a essas leis quando te honrei mais que a ninguém.
Creonte acha, porém, que errei, que fui rebelde,
irmão querido! Assim ele me leva agora,
cativa em suas mãos; um leito nupcial
jamais terei, nem ouvirei hinos de bodas,
nem sentirei as alegrias conjugais,
nem filhos amamentarei; hoje, sozinha,
sem um amigo, parto – ai! infeliz de mim! -
ainda viva para onde os mortos moram!
Que mandamentos transgredi das divindades?
De que me valerá – pobre de mim! – erguer
ainda os olhos para os deuses? Que aliado
ainda invocarei se, por ser piedosa,
acusam-me de impiedade? Se isso agrada
aos deuses me conformo, embora sofra muito,
com minha culpa, mas se os outros são culpados,
que provem penas pelo menos tão pesadas
quanto as que injustamente me impuseram hoje!

Pedro Lago.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Freddy Ribeiro e João Suplicy no Corujão do Leblon!

CORUJÃO DA POESIA - EDIÇÃO EXTRA - LIVRARIA NOBEL - SHOPPING NOVA AMÉRICA



Para quem for de metrô, basta descer na estação Del Castilho - Nova América e estará dentro do shopping.

Vamos lá?

Expediente

Natália Parreiras [Redação, Edição, Assessoria de Imprensa, Parcerias e Co-produção do evento]
Educadora licenciada em Letras pela UFPE.
Tem três livros de poesia publicados e atualmente prepara o quarto e o quinto títulos.
Mais em: http://www.sonatainsone.blogspot.com/

Tatiane Rangel [Idealização e fundação do Blog]
Formada em Comunicação Social/Jornalismo pela PUC-Rio.
Mais em: http://www.sohamsoham.blogspot.com/

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